terça-feira, 9 de agosto de 2011

Com jejum, Israel lembra destruição de 2 templos bíblicos

Judeus de todo o mundo lembram nesta terça-feira o "Tishah B''Av", o aniversário da destruição de dois templos bíblicos de Jerusalém, em um dia em que os fiéis mais fervorosos jejuam e vestem luto.

Os judeus praticantes fazem um dia de recolhimento ao completar o novo dia do mês hebraico de Av, em que é lembrada a destruição dos templos do rei Salomão e de seu sucessor Herodes.

Nas rezas, os judeus cantam as chamadas "lamentações" ("kinot") compostas no período medieval que descrevem o sofrimento dos antepassados desde a destruição do templo.

Durante esta terça também se abstêm de vestir roupas coloridas em sinal de humildade e luto, e é costume não usar sapatos de couro, preferir lona e outros materiais.

As cafeterias, restaurantes e lojas fecharam ao entardecer da véspera as portas para respeitar o dia sagrado, que no judaísmo inicia ao anoitecer do dia anterior e finaliza o seguinte anoitecer.

O templo de Salomão foi destruído pelo rei babilônio Nabucodonosor no ano de 587 a.C., e o de Herodes no ano 70 d.C. pelas legiões romanas sob o comando de Tito, e em ambos os casos dando início ao primeiro e segundo êxodo judeu.

Para lembrar a que consideram a pior tragédia espiritual de sua história, milhares de judeus vão neste dia às sinagogas em todas as cidades israelenses. Em Jerusalém a peregrinação é rumo ao Muro das Lamentações, lugar sagrado para o judaísmo que fica na velha cidadela amuralhada, em Jerusalém Oriental.

Pela tradição religiosa, a destruição dos templos foi um castigo divino pela saída do povo judeu do caminho que Deus os havia ditado na Torá e, só quando retorne a ele, serão reconstruídos.

Outras teorias atribuem a destruição dos templos às divisões espirituais e às disputas políticas internas no reino da Judeia, que encorajou as invasões dos impérios da época que destruíram Jerusalém até seus alicerces.

Fonte: EFE

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Israel aprova construção de 900 alojamentos em Jerusalém Oriental

O Ministério do Interior aprovou definitivamente a construção de 900 novos alojamentos próximo ao bairro de colonização de Har Homa, em Jerusalém Oriental, indicou à AFP um porta-voz do ministério.

"É um programa que foi aprovado pelo comitê regional (projetos e construção) há dois anos", indicou Efrat Orbach. "Segundo o procedimento em Israel, era preciso adotar emendas, então ele foi enfim aprovado hoje", acrescentou.

Este acordo marca a última etapa antes do estabelecimento de um projeto que suscitou fortes críticas dos palestinos e da comunidade internacional. Essas construções vão estender a superfície do bairro de colonização de Har Homa, situado próximo à cidade palestina de Belém, na Cisjordânia.

Hagit Ofran, responsável pela questão das colônias no movimento pacifista "A Paz" classificou a autorização do Ministério do Interior de "muito grave" em devido à localização dos novos alojamentos.

"Isso acrescenta uma nova linha a Har Homa que impede a continuidade do território entre Jerusalém Oriental e Belém e criou mais uma barreira contra a possibilidade de fazer de Jerusalém Oriental a capital palestina em uma solução de dois Estados", declarou ele à AFP.
Fonte:AFP

Site do criador do Dia do Orgulho Hétero em SP é invadido

O site pessoal do vereador paulistano Carlos Apolinário (DEM), autor do projeto de lei que cria o Dia do Orgulho Heterossexual, foi invadido nesta quinta-feira.
Os invasores trocaram as imagens da página carlosapolinario.com.br por uma mensagem sobre a morte de gays no Brasil e contra a iniciativa do parlamentar.

"O vereador Carlos Apolinário insiste em propor leis que contribuem para a propagação de ódio e discriminação. Desde o genocídio da segunda guerra até os massacres de Oslo e Utoya, aqueles que pregam a superioridade de uns sobre outros são responsáveis pelas ações mais condenáveis da história da humanidade", diz o texto.

A mensagem cita o recente massacre ocorrido na Noruega, em que 77 pessoas foram mortas pelo extremista Anders Breivik.
O ataque foi reivindicado, na própria mensagem deixada no site, por "figli tariki shmotov", da rede RedHack_Brasil. O grupo é ligado a invasores de sites da Turquia, segundo o vereador.

"Os gays, que falam tanto em respeito, igualdade, se mostram agressivos com quem pensa diferente deles", disse Apolinário à Folha.

O parlamentar falou que, além de ter o site invadido, recebeu ameaças em seu gabinete na Câmara. "Minha secretária atendeu o telefone e a pessoa começou a me xingar. Disse também que iria me procurar e me pegar na rua."

"Essa coisa é pior que brigar contra o inferno. Nem o problema do Obama nos EUA foi tão comentado quanto o Dia do Hétero. Parece que os gays são o maior problema do mundo. O dia, em si, não é tão importante. Mas a discussão que isso levantou é", disse Apolinário.

O vereador disse que está tentando falar desde a manhã com o responsável pelo site para reverter a invasão, mas que ainda estuda se tomará alguma medida judicial.

"Invadiram o site da Dilma, da Petrobras, do Banco Central. Não tem muito o que fazer nesses casos."

Fonte: Folha