Por: Leo Vinovezky, Conselheiro Político na Embaixada de Israel no Brasil
Hoje, não quero falar sobre guerras, atentados terroristas e flotilhas. Também não falo
sobre as declarações do embaixador iraniano sobre a destruição de Israel.
Estamos em época de festas. Temos que celebrar e fazer das datas especiais realmente
uma verdadeira festa. Hoje, eu quero falar sobre o MASHAV, a agência de Israel para a
cooperação internacional que estendeu seu braço para países amigos. É uma ponte que
une culturas e idiossincrasias, com um objetivo muito claro: acreditar que mudar o
mundo é possível. Onde há fome e pobreza, que haja a prosperidade e alimentos. Onde
há ignorância, que haja educação, conhecimento e sabedoria. Em outras palavras, onde
houver desespero pela triste realidade, que haja a esperança de um futuro melhor. O
MASHAV estará emprestando sua mão, humilde, mas sincera e aberta, buscando bons
exemplos de governos que trabalhem principalmente para o seu povo.
O Mashav nasceu em 1958 pelas mãos de Golda Meir. Milhares de bolsistas de centenas
de países já visitaram Israel em busca de experiências e conhecimento. Outros milhares
receberam em seus países centenas de especialistas israelenses dispostos a partilhar
experiências e conhecimento. Aliás, talvez um fato pouco conhecido: a cada mês entram
em Israel centenas de palestinos para formação em áreas como saúde, educação e
agricultura, citando apenas algumas delas. Uma notícia animadora que, com certeza,
deveria ser mais divulgada.
Cito um detalhe interessante: a Cooperação de Israel com a Autoridade Palestina está
focada na capacitação de recursos humanos e no fortalecimento institucional. Anos
atrás, por exemplo, os profissionais palestinos representaram o maior contingente de
participantes em cursos de formação profissional em Israel.
Temos milhares de palestinos treinados em Israel nos últimos anos. Em particular,
houve uma cooperação bem sucedida nos domínios da agricultura, meio ambiente e da
sociedade civil, com projetos importantes sendo lançados entre os ministérios
israelenses e palestinos, hospitais e prestadores de serviços de utilidade pública.
Como resultado da política civil israelense, que faz distinção entre a população civil e a
organização terrorista Hamas, o Produto Interno Bruto na Faixa de Gaza cresceu mais de
30% comparado com o ano passado e a taxa de desemprego é a menor registrada nos
últimos 10 anos.
Com relação ao comércio, durante os primeiros nove meses de 2011, uma média de
4497 caminhões carregados entraram na Faixa de Gaza por mês – um aumento de 96%
comparado a 2010. Na área das Exportações, foram realizadas reuniões profissionais,
com a participação de produtores palestinos da Faixa de Gaza e representantes
relevantes da comunidade internacional para explicar os mecanismos de exportação e
os procedimentos burocráticos da Coordenação e Relação Administrativa. Desta forma,
a exportação de produtos agrícolas da faixa de Gaza teve início em 27 de novembro de
2011.
De 176 projetos aprovados na Faixa de Gaza, 35 foram realizados, 70 estão em fase de
implementação e 63 aguardando licitação para compra de materiais, etc. Oito projetos
foram cancelados pela comunidade internacional. Os principais projetos pertencem as
áreas de Habitação Saúde, Educação, Agricultura, Água e Esgoto
No Brasil, para citar apenas alguns exemplos, na última década visitaram Israel centenas
de bolsistas nas mais diversas áreas: jornalismo, educação, ciência, tecnologia, governo,
saúde, água, agricultura, enfim, a lista dos cursos é bem longa e acredito que temos
"novos embaixadores" de Israel dispersos em todos os estados da União, do Rio Grande
do Sul a Roraima. Os bolsistas, ao regressarem para o Brasil, trazem consigo
experiências, que as narram e difundem sem intermediários. E vice-versa: em Israel
aprendemos muito com o que esses brasileiros têm para contar de sua terra. Pessoas
lindas, de uma terra maravilhosa: o Brasil.
Aqui, ex-bolsitas se organizaram e formaram o MASHAV SHALOM - ASSOCIAÇÃO DOS
EX-BOLSISTAS DO ESTADO ISRAEL (AEBI-BRASIL). Com sede e foro na Cidade de Brasília,
a AEBI Brasil foi fundada no dia 23 de novembro de 2009. Trata-se de uma instituição
civil, sem fins lucrativos, não governamental e apolítica que tem por objetivo
representar no Brasil os ex-bolsistas do estado de Israel em cursos do Mashav e outras
instituições.
Eu, pessoalmente, convido todos a divulgarem as informações sobre os cursos em Israel.
A Embaixada continuará a apoiar cada uma das iniciativas dos amigos brasileiros do
Mashav que, ao regressarem, tornam-se verdadeiros embaixadores de Israel. Temos
projetos para realizar eventos importantes e significativos para a sociedade ao longo do
próximo ano.Me comprometo a dividir com vocês as diferentes atividades da cooperação
internacional israelense nos diferentes países no mundo, em todos os continentes.
Ao que parece, mudar o mundo é possível e pode ser mais fácil se o fizermos juntos.
Sonhar é o que nos mantém acordados.