quarta-feira, 10 de abril de 2013

Feliciano diz que deixa CDH se petistas condenados no mensalão deixarem CCJ


Em reunião fechada com líderes partidários, pastor disse que deixa presidência da CDH se José Genoíno e João Paulo Cunha deixarem a CCJ O presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), ignorou o apelo feito nesta terça-feira pela maioria dos líderes da Câmara para que ele renunciasse ao cargo. O deputado é acusado de racismo e homofobia e também de estelionato. Como condição para renunciar à presidência da comissão, Feliciano exige que o PT de retire os deputados José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por terem sido ambos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A condição imposta por Feliciano não foi aceita. declaração do pastor causou mal-estar entre os petistas. Nos bastidores, representantes do partido se disseram incomodados com a condição imposta pelo político. Para eles, essa postura desqualifica ainda mais o pastor, já que o julgamento do mensalão ainda não foi finalizado e, por isso, os réus teriam o legítimo direito de exercerem seus mandatos e fazerem parte da CCJ da Câmara. Ao final do encontro com os líderes, Feliciano evitou a imprensa e pediu apenas que lhe dessem uma chance para trabalhar. O deputado disse que, desde que assumiu a presidência do Conselho de Direitos Humanos e Minorias, já perdeu seis quilos e que está "tentando viver". Na reunião dos líderes, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), revogou o requerimento aprovado na semana passada na comissão, a pedido de Feliciano, para impedir o acesso de manifestantes às reuniões do colegiado. Com isso, as próximas reuniões serão abertas, mas o pastor poderá restringir o acesso de pessoas, caso considere que isso seja necessário para o bom andamento dos trabalhos. "Amanhã (10), nós vamos abrir a sessão. Se houver manifestação, vamos ao regimento, Artigo 272", disse Feliciano. Esse artigo diz que espectadores ou visitantes que se comportarem de forma inconveniente na Câmara serão retirados do recinto, por decisão do presidente presidente da Casa ou de alguma comissão. Fonte: Terra