| 20 Março 2013
Artigos - Movimento Revolucionário
Em nota pública, o setor gayzista do Partido Socialista Brasileiro (PSB) disse: Artigos - Movimento Revolucionário
“Prezados
Companheiros Socialistas, A Executiva Nacional LGBT do PSB vem, por
meio desta nota, repudiar a indicação do nome do Deputado Pastor Marco
Feliciano (PSC) para a Presidência da Comissão de Direitos Humanos e
Minorias da Câmara Federal. Considerando que o PSB é um partido de
esquerda e socialista… entendemos que os Parlamentares Socialistas devem
votar contra a indicação do nome desse parlamentar para a Presidência
da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.”
Mas o PSB não está sozinho. O PT e todos os outros partidos socialistas do Brasil estão expressando o mesmo azedume ideológico.
Afinal,
qual é a bronca dos socialistas do Brasil? É por que Marcos Feliciano
tem ficha suja? De fato, há alguns problemas na ficha dele, mas nada que
se compare à ficha de notórios militantes socialistas do Brasil.
Se
o PSB e todos os outros partidos esquerdistas quisessem a cassação de
todos os políticos com ficha suja, todos os políticos acusadores de
Feliciano estariam em maus lençóis. Todos eles iriam para o espaço.
O
problema não é Feliciano, que já cometeu a tolice de apoiar Dilma
Rousseff e as próprias esquerdas que o querem enfocar agora. O problema
não é sua ficha.
Aborto e homossexualismo
O problema é sua postura cristã contra o pecado homossexual e contra o pecado de matar crianças em gestação (aborto).
Por
isso, os ataques das esquerdas não se restringem a Feliciano. Qualquer
parlamentar que sustentar posturas contra o aborto e o homossexualismo
sofrerá de todas as esquerdas o mesmo ódio que Feliciano está sofrendo.
Em
nota pública, o setor gayzista do PSB oficialmente questionou também “a
indicação do Deputado Pastor Eurico/PSB-PE para a composição da
Comissão de Direitos Humanos, na cota do PSB, considerando o fato de que
suas falas e posicionamentos poderão se tornar um óbice [obstáculo]
quando da apreciação de temas polêmicos, temas estes defendidos pela
militância e pelos segmentos sociais do PSB, quer sejam as bandeiras do
LGBT.”
Por que a união deles com os socialistas?
Não
me perguntem como o Deputado Pastor Eurico, sendo ministro do
Evangelho, consegue ser parte de um partido e de um movimento ideológico
cuja principal pretensão é substituir Deus na vida das pessoas. O
socialismo impõe sua ideologia como o Grande Deus Pai de todos. É a
religião obrigatória do Estado que controla a tudo e a todos.
Não
me perguntem por que Feliciano fez campanha por Dilma Rousseff na
eleição presidencial de 2010. Ela achou útil o apoio bobo dele. A
postura dele contrária ao aborto e ao homossexualismo não incomodava,
enquanto ele não tivesse um cargo importante para defendê-las.
Contudo,
a partir do momento em que Feliciano foi escolhido como presidente da
Comissão de Direitos Humanos (CDH), tudo mudou. Ele virou empecilho. E
enquanto a eleição presidencial de 2014 não chega, Feliciano continuará
apenas empecilho. Quando a eleição chegar, ele novamente ouvirá o canto
da sereia Dilma e o coro da esquerda maléfica o chamando para fazer
campanha por eles.
Neste
momento, ele não ouvirá nenhum doce canto de sereia. Tudo o que ele
ouvirá são gritarias de ódio, pois as esquerdas odeiam o Deus que
rivaliza com a religião ideológica deles, com o Deus-Estado deles.
E como toda falsa religião, o socialismo tem seus falsos profetas e pastores.
Esquerdismo “crente”
Entre
os vários movimentos protestantes esquerdistas que se juntaram na
campanha de ódio da esquerda secular contra Marcos Feliciano está o
grupo Evangélicos Pela Justiça (EPJ).
O
EPJ reconhece, um tanto contente, que a Comissão de Direitos Humanos
sempre esteve sob o domínio do PT. Durante o reinado do PT nessa
comissão, o EPJ nunca protestou contra o PLC 122 ou contra o infame kit
gay.
A
postura oficial do EPJ, em concordância com sua mentalidade relativista
esquerdista, é encarar a luta contra o PLC 122 como uma luta contra os
próprios “direitos civis dos homossexuais”. Em documento recente, em
posse de Julio Severo, o EPJ declara: “Temos observado uma postura dos
deputados evangélicos contrária à defesa de direitos civis de
homossexuais, transmitindo uma imagem que os evangélicos odeiam os
homossexuais, apesar de repetidas declarações de que os amam e de que
não são homofóbicos3. Lembremos de que mesmo entre grupos evangélicos as
interpretações bíblico-teológicas sobre homossexualidade são muito
variadas. Além disso, numa sociedade pluralista como a nossa, devemos
partir do pressuposto de que Direitos Humanos são princípios
fundamentais e inerentes, independentemente de orientação sexual e
gênero”.
O
EPJ também dá uma cotovelada nos parlamentares da bancada evangélica
que se opõem ao PLC 122: “Parlamentares evangélicos, assim como de
qualquer outra religião, devem lembrar que a liberdade religiosa
assegura que regras ou costumes de uma determinada religião não podem
ser impostos a qualquer pessoa. Muito menos podem tais regras ou
costumes serem codificados em lei”.
Traduzindo:
se a oposição ao homossexualismo e ao aborto tem raízes na cultura
judaico-cristã do Brasil, deve ser totalmente rejeitada. Por outro lado,
se o favorecimento ao homossexualismo e ao aborto tem suas raízes no
socialismo, deve ser totalmente aceito, pois a religião marxista é
“laica”.
Movimento Evangélico Progressista
Conheci
o EPJ antes de sua metamorfose, quando ainda era o Movimento Evangélico
Progressista (MEP), fundado pelo bispo marxista assassinado Robinson Cavalcanti.
A
ética do MEP era sempre trabalhar com o PT, e sua linha de raciocínio
era: O PT está autorizado, pelo deus-socialista, a impor suas próprias
leis e imoralidades na sociedade.
Mas o mesmo MEP hostilizava toda tentativa evangélica de competição com o PT na modificação das leis.
O maior evento “ético” do MEP foi realizado, com o patrocínio do PT, no Congresso Nacional. O palestrante principal do evento foi Caio Fabio, outrora o maior astro da Igreja Presbiteriana do Brasil.
O decrépito MEP adorava o MST, um movimento comunista radical. E o EPJ? Na comemoração dos 25 anos do MST, o esquerdista Ariovaldo Ramos
recebeu permissão de Geter Borges para representar o EPJ e aproveitou
para louvar os desbravadores evangélicos socialistas do Brasil: Geter
Borges, Robinson Cavalcanti, Caio Fábio, Ed Rene Kivitz, Marina Silva,
Valdir Steuernagel e tantos outros.
Mas Ariovaldo sabe também louvar esquerdistas seculares. Recentemente, ele louvou Hugo Chávez como referência mundial. Esse
é o mesmo Ariovaldo que fez parceria recente entre evangélicos e o
governo do PT, mas ficou de boca fechada contra o representante do PT e
sua ficha tenebrosa.
O mesmo Ariovaldo que assinou recentemente, com vários outros líderes protestantes pró-socialismo, um abaixo-assinado contra Feliciano na CDH.
O mesmo Ariovaldo que assinou recentemente, com vários outros líderes protestantes pró-socialismo, um abaixo-assinado contra Feliciano na CDH.
Reforçando
essa aliança evangélica, o EPJ se aliou ao Conselho Latino-Americano de
Igrejas para reunir, até o dia 21 deste mês, todas as organizações
evangélicas esquerdistas da América Latina para pedir a renúncia de
Marcos Feliciano e a volta na CDH do que eles chamam de líderes
“democráticos”: o PT e sua corja.
Marcos Feliciano e suas reações confusas
A resposta de Feliciano a esses ataques tem sido confusa. Em entrevista nas páginas amarelas da revista Veja
esta semana, ele destacou muito bem a postura cristã clássica, com
relação aos homossexuais, de amar o pecador e detestar seu pecado. Mas
ele se embaraçou todo nas outras perguntas inquisitórias do
entrevistador, parecendo usar qualquer argumento artificial e pobre para
escapar da armadilha dos questionamentos da revista.
Marcos Feliciano |
O que saiu desse encontro? Feliciano “moderará” seu discurso contra a agenda gay e abortista? Honestamente, não sei.
Mas
gostaria que Feliciano entendesse que, exatamente como o PT vê, suas
posturas antiaborto e antissodomia o tornam um empecilho para o avanço
no Brasil de um socialismo que ele mal sabe o que é.
O
ódio que ele sofre na pele agora, vindo igualmente da esquerda secular e
da esquerda evangélica, tem a mesma fonte: a sereia vermelha que o
seduziu nas últimas eleições.
No
passado, muitos pastores protestantes, especialmente Caio Fábio,
abraçaram essa sereia porque tinham a mesma ideologia. Eles fortaleceram
o canto dela em todas as igrejas evangélicas do Brasil. Muitos pastores pentecostais e neopentecostais caíram no canto dela e no conto do vigário vermelho. Caíram por puro oportunismo.
Não
é preciso ser um pastor pentecostal e ter poderosos dons de revelação
para compreender que há algo de muito errado e podre no canto, conto e
encantos do socialismo e dos socialistas.
Se Feliciano não entender isso, a sereia vermelha continuará cantando-o — até engoli-lo.