Membro da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara Federal e um dos que votaram a favor do Pastor Marco Feliciano (PSC), o deputado federal Anderson Ferreira (PR) saiu em defesa de seu irmão na fé e classificou como “evangelicofobia” a reação dos movimentos sociais contrários ao líder religioso. Apesar dos protestos, Feliciano foi eleito para presidir a comissão sendo confirmado no cargo nessa terça-feira pelo seu partido.
O deputado disse que a presidência da CDHM foi acertada entre os líderes do Congresso Nacional e que a comissão não tinha visibilidade até a eleição de Feliciano. Ferreira questionou ainda a importância da presidência da comissão, uma vez que as decisões são tomadas em conjunto. “Ele nem sequer assumiu a presidência e já se critica. A presidência dele na comissão não quer dizer muita coisa, pois outros deputados votam. Ele terá que se submeter à pauta e se não cumprir será punido”, falou.
Ao comentar as acusações de racismo contra Feliciano, Anderson Ferreira lembrou que boa parte dos fiéis das Assembléias de Deus, denominação da qual ambos fazem parte, é composta por negros e têm forte presença nas periferias. Ele alegou que a passagem bíblica usada por Feliciano, a maldição dos filhos de Noé, foi tirada de contexto pela imprensa, embora reconheça que o pastor não se comunicou corretamente. “Todos os pregadores têm um modo próprio de falar. O Marco sempre foi conhecido pelo jeito polêmico”.
Anderson Ferreira é irmão do vereador do Recife, André Ferreira (PMDB). Ele foi um dos dois pernambucanos, ambos evangélicos, a votar a favor de Marco Feliciano. O outro deputado foi o pastor Eurico (PSB).