Mais duas mortes foram relatadas nesta segunda-feira, após um incidente de violência sectária na catedral copta do Cairo, que o governo egípcio e os líderes muçulmanos e cristãos se esforçavam em acalmar.
Uma fonte de segurança disse que um muçulmano de 21 anos, identificado apenas como Mohamed, morreu de traumatismo craniano no hospital, vítima de um confronto entre muçulmanos e coptas, que participavam de um funeral de quatro cristãos mortos a tiros em uma cidade perto do Cairo.
O Ministério da Saúde disse que pelo menos 90 pessoas, incluindo 11 policiais, ficaram feridas nos arredores da catedral, base do papa copta, numa das piores crises sectárias desde a queda do presidente Hosni Mubarak, em 2011.
Separadamente, a agência de notícias estatal Mena informou que uma pessoa foi morta e 14 ficaram feridas em novos confrontos ocorridos na noite de domingo na cidade de El Khusus, ao norte do Cairo, onde a última onda de violência sectária começou na sexta-feira.
O primeiro-ministro egípcio, Hisham Kandil, disse que o governo está tomando todas as medidas para garantir a segurança dos egípcios de todas as religiões, prometendo levar à Justiça os autores de ataques sectários e acabar com armas sem licença.
Ele também falou com os dirigentes da igreja copta e da instituição islâmica Al-Azhar para discutir formas de resolver a crise e evitar qualquer repetição da situação, segundo um comunicado do gabinete.
A violência aconteceu enquanto o Egito está negociando com uma delegação do Fundo Monetário Internacional (FMI), que visita o país, um empréstimo de pelo menos 4,8 bilhões de dólares para aliviar uma crise econômica agravada pela turbulência política e sectária que atingiu o país mais populoso do Oriente Médio.
(Por Paul Taylor)
Fonte:terra