Tamerlan Tsarnaev, o mais velho dos irmãos suspeitos de executar as explosões durante a maratona de Boston que matou três pessoas e deixou mais de 170 feridos na segunda-feira (15), viajou por seis meses à Rússia em 2012 –e o motivo para o ataque pode estar nessa viagem.
Agora que Tamerlan está morto –ele foi baleado após tiroteio com policiais na madrugada de quinta para sexta– e seu irmão Dzhokar está sob custódia e internado em estado grave, os holofotes se voltam para as investigações do FBI (a polícia federal norte-americana) sobre os motivos que levaram ao atentado e se mais pessoas estão envolvidas.
Após ter sido interrogado pelo próprio FBI em 2011, Tamerlan viajou para a Rússia, por seis meses, no ano passado. A suspeita da polícia, segundo o jornal “The New York Times”, é se o mais velho Tsarnaev se encontrou com extremistas islâmicos e recebeu treinamento deles no exterior.
Kevin Brock, ex-agente sênior do FBI e oficial de contraterrorismo, disse ao jornal trata-se de “um segmento fundamental para os investigadores e para a comunidade de inteligência investigar.”
A polícia federal norte-americana interrogou Tamerlan em 2011 a pedido de um governo estrangeiro que os Estados Unidos não quiseram identificar, mas a conversa não produziu nenhuma informação “depreciativa” e o assunto foi deixado de lado.
“O pedido foi feito com base na informação de que se ele [Tsarnaev] era um radical islâmico”, informou ontem à noite a polícia federal norte-americana, “e que ele havia mudado drasticamente desde 2010, quando se preparava para deixar os Estados Unidos para viajar a uma região de seu país para se juntar a grupos não identificados”.
Extraído do site da Folha em 20/04/2013