terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Shimon Peres diz que Irã nuclear ameaça existência de Israel e paz no mundo


O presidente israelense Shimon Peres alertou nesta terça-feira o perigo de um Irã com armas nucleares, que "ameaça a nossa existência e a paz no mundo", durante a sessão inaugural do novo Parlamento.
"O perigo iraniano cresceu. Ele ameaça a nossa existência, a independência das nações árabes e a paz no mundo inteiro", declarou Peres perante os 120 deputados eleitos em 22 de janeiro. "Na liderança do Irã está um grupo de aiatolás em suas vestes religiosas, uma ditadura terrível, contaminando a história persa e constituindo um pesadelo para seu povo", acrescentou.
Aos novos legisladores, chefe do Estado israelense fez uma revisão da situação de seu país e, em uma projeção regional, desejou "sorte" a "jovem geração que se levantou no mundo árabe cansada da pobreza e opressão", ao mesmo tempo em que destacou os perigos do programa nuclear do Irã. "Estão construindo armas nucleares e dizem que a religião os proíbe. Não dizem a verdade", disse.
As grandes potências suspeitam que o Irã tenta desenvolver bombas atômicas sob a cobertura de um programa nuclear civil, o que Teerã nega veementemente. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ameaçou nos últimos meses recorrer a ação militar contra as instalações nucleares iranianas.
Na cerimônia de abertura oficial do 19º Knesset (Parlamento), Peres também pediu às Nações Unidas e à Liga Árabe para agir urgentemente para acabar com a crise na Síria. 
"O Irã é um perigo e a Síria é uma tragédia. Seu presidente massacre seu povo. Acho que a ONU deve encarregar a Liga Árabe de formar imediatamente um governo de transição na Síria para salvar o país da destruição. Assad, que massacra milhares de sírios também massacra seu próprio futuro", acrescentou.
Israel reivindicou um ataque aéreo na Síria na semana passada, justificado pelas ameaças de Teerã, principal aliado de Damasco. O governo israelense teme que armas da Síria sejam transferidas para o Hezbollah.
Com informações da agência EFE